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Como Suas Feridas Emocionais Escolhem Seus Relacionamentos

Você já se pegou pensando: “Por que eu SEMPRE escolho o mesmo tipo de pessoa?” Ou então: “Por que essa situação está acontecendo DE NOVO comigo?”

Talvez você atraia parceiros emocionalmente indisponíveis. Ou pessoas que te abandonam no momento em que você mais precisa. Ou aqueles que te criticam constantemente, fazendo você se sentir nunca boa o suficiente.

Você jura que dessa vez será diferente. Você até escolhe alguém que PARECE completamente oposto ao anterior. Mas alguns meses depois, lá está você – vivendo a mesma dinâmica dolorosa, só que com um rosto diferente.

Isso não é azar. Não é coincidência. E definitivamente não é culpa sua.

É o que acontece quando feridas emocionais não curadas tomam o volante das suas escolhas – sem você perceber. Suas feridas escolhem por você, buscando inconscientemente situações e pessoas que reativem a dor familiar que você carrega desde a infância.

E a parte mais difícil? Esse padrão parece amor. Parece conexão. Parece “finalmente encontrei alguém especial”. Até você acordar, meses ou anos depois, percebendo que está repetindo a mesma história.

Este artigo vai te mostrar exatamente como isso funciona – e, mais importante, como parar.

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A Neurociência Por Trás da Atração Inconsciente

Antes de falarmos das feridas emocionais especificamente, é importante entender o mecanismo cerebral que está operando nos bastidores.

Nosso cérebro é uma máquina de reconhecimento de padrões. Ele constantemente compara experiências novas com memórias antigas, buscando familiaridade para prever perigos e oportunidades.

Quando você era criança, seu cérebro estava especialmente ativo nesse processo de mapeamento. Cada experiência com seus cuidadores principais (pais, avós, responsáveis) criava padrões neurais sobre:

  • O que é segurança
  • O que é amor
  • Como relacionamentos funcionam
  • O que esperar das pessoas

Pesquisas em neurociência afetiva, como as conduzidas pelo Dr. Allan Schore da UCLA, demonstram que essas experiências iniciais literalmente moldam a estrutura do cérebro, especialmente regiões responsáveis por apego, regulação emocional e comportamento social.

O cérebro, então, desenvolve o que os psicólogos chamam de “modelo operacional interno” – um mapa mental inconsciente sobre relacionamentos.

Aqui está o problema: esse mapa foi desenhado quando você tinha 3, 5, 7 anos. E se o relacionamento com seus cuidadores foi marcado por feridas (abandono, rejeição, humilhação, traição, injustiça), seu cérebro mapeou AQUILO como “normal”.

Então, quando você adulta conhece alguém, seu cérebro inconscientemente escaneia: “Essa pessoa/situação corresponde ao meu mapa de relacionamentos?”

Se a resposta é sim – mesmo que o mapa seja de dor – você sente atração. Você sente química. Você sente “conexão”.

Por quê? Porque seu cérebro confunde familiar com seguro. E familiar é confortável, mesmo quando familiar é tóxico.

Como Cada Ferida Emocional Escolhe Seus Relacionamentos

Vamos detalhar como cada uma das cinco feridas emocionais principais direciona suas escolhas relacionais de formas específicas.

Ferida da Rejeição: Você Foge Antes de Ser Rejeitada

Origem da ferida:
Formada quando a criança sente que sua existência não é bem-vinda. Pais que não queriam ter filhos, que preferiam outro sexo, que ignoravam ou minimizavam a criança.

Como escolhe relacionamentos:

Paradoxalmente, a ferida da rejeição te faz rejeitar primeiro. Você se protege rejeitando a outra pessoa antes que ela possa te rejeitar.

Você escolhe:

  • Pessoas emocionalmente indisponíveis (porque com elas você nunca terá que lidar com intimidade real)
  • Relações casuais, sem compromisso (mantém você “segura” de rejeição)
  • Parceiros que você SABE que não têm futuro contigo (geograficamente distantes, já comprometidos, incompatíveis)

O padrão em ação:

Ana sempre se apaixona por homens que moram em outro país, estão em processos de divórcio complicados, ou deixam claro que “não querem nada sério”. Ela acha que é porque “gosta de desafios”. Na verdade, sua ferida de rejeição escolhe pessoas indisponíveis porque com elas ela nunca terá que arriscar ser vista completamente – e possivelmente rejeitada.

Quando alguém disponível e interessado aparece? Ela sente “falta de química”. Tradução: falta de ferida sendo ativada. Sem a tensão familiar da possível rejeição, não parece “amor de verdade”.

Comportamento típico:

  • Sai do relacionamento antes que fique sério
  • Sabota momentos de intimidade profunda
  • Cria distância emocional quando o parceiro se aproxima demais
  • Tem medo de “sufocar” ou “prender” o outro

Ferida do Abandono: Você Se Apega a Quem Te Deixa

Origem da ferida:
Formada quando a criança experimenta abandono real (morte, separação dos pais, cuidador ausente) ou emocional (pais fisicamente presentes mas emocionalmente ausentes).

Como escolhe relacionamentos:

A ferida do abandono te faz escolher pessoas que você SABE, em algum nível, que vão te abandonar. Por quê? Porque é o padrão familiar. Seu cérebro está tentando “resolver” o abandono original escolhendo alguém parecido e “dessa vez fazer dar certo”.

Você escolhe:

  • Pessoas com padrão de ir e voltar (on/off)
  • Parceiros que deixam claro suas limitações de comprometimento
  • Pessoas que “fogem” quando há problemas
  • Relações onde você sempre sente que pode perdê-los a qualquer momento

O padrão em ação:

Carla sempre se envolve com homens que são “complicados”: acabaram de sair de relacionamentos, têm questões não resolvidas, são emocionalmente instáveis. Ela se torna a “salvadora”, acreditando que seu amor vai curá-los.

Inevitavelmente, eles a deixam. E ela colapsa, sentindo que “ninguém fica”. Mas quando um homem estável, presente e comprometido aparece? Ela acha “entediante”. Não há drama. Não há a ansiedade familiar de “será que ele vai ficar?”

Comportamento típico:

    • Apego ansioso, necessidade constante de confirmação
    • Medo de ficar sozinha, aceita migalhas de afeto
    • Coloca o relacionamento acima de si mesma
    • Entra em pânico com qualquer sinal de distanciamento

Ferida da Humilhação: Você Escolhe Quem Te Diminui

Origem da ferida:
Formada quando a criança foi humilhada, envergonhada ou ridicularizada – especialmente em relação ao corpo, necessidades básicas ou expressão de si.

Como escolhe relacionamentos:

A ferida da humilhação te faz escolher parceiros críticos, que te diminuem, que fazem você se sentir “menos que”. É uma tentativa inconsciente de receber aprovação de alguém difícil de agradar – como foi difícil agradar o cuidador que te humilhava.

Você escolhe:

  • Pessoas críticas, perfeccionistas, controladoras
  • Parceiros que fazem “piadas” sobre você (mas não é engraçado)
  • Relações onde você se sente constantemente “não boa o suficiente”
  • Pessoas que te comparam desfavoravelmente com outras

O padrão em ação:

Júlia namora um homem que constantemente faz comentários sobre seu peso, suas roupas, suas escolhas. Quando ela reclama, ele diz que é “brincadeira” ou que está “ajudando ela a melhorar”.

Ela se esforça intensamente para agradá-lo, acreditando que quando finalmente for “perfeita”, ele vai amá-la plenamente. Mas a aprovação nunca chega. E quando um homem que a aceita como ela é aparece? Ela acha “suspeito”. “Se ele me acha boa assim, provavelmente ele tem baixos padrões.”

Comportamento típico:

  • Tolera desrespeito disfarçado de “sinceridade”
  • Se molda excessivamente ao que o parceiro espera
  • Vergonha do próprio corpo, sexualidade, necessidades
  • Autossabota quando está sendo tratada bem

Ferida da Traição: Você Não Confia (E Atrai Quem Confirma Isso)

Origem da ferida:
Formada quando a criança teve sua confiança quebrada por figuras de autoridade – promessas não cumpridas, manipulação, mentiras, ou situações onde a criança foi traída em sua vulnerabilidade.

Como escolhe relacionamentos:

A ferida da traição cria um padrão complicado: você não confia em ninguém, então inconscientemente escolhe pessoas que não são confiáveis, confirmando sua crença de que “todo mundo trai”.

Você escolhe:

  • Pessoas com histórico de infidelidade ou comportamento dúbio
  • Parceiros que mentem sobre pequenas coisas (treino para grandes mentiras)
  • Relações onde há falta de transparência
  • Pessoas que te fazem sentir que você precisa “vigiar”

O padrão em ação:

Marina sempre escolhe homens que demonstram comportamento suspeito desde o início: escondem o celular, são evasivos sobre onde estão, têm múltiplas “amigas” com quem mantêm contato íntimo.

Ela investe energia enorme tentando “pegar” a traição. E quando pega (porque invariavelmente acontece), ela se sente aliviada. “Eu sabia. Eu estava certa. Não dá pra confiar em ninguém.”

Quando um homem transparente, honesto e consistente aparece? Ela o questiona obsessivamente. Cria testes. Procura sinais de traição onde não há nenhum. Frequentemente, seu ciúme e controle acabam destruindo o relacionamento – provando, novamente, que “as pessoas saem”.

Comportamento típico:

  • Ciúmes excessivo, necessidade de controle
  • Dificuldade em ser vulnerável, mostra-se “forte” sempre
  • Revida traições reais com traição, “para não ser boba”
  • Testa o parceiro constantemente

Ferida da Injustiça: Você Escolhe Relações Desiguais

Origem da ferida:
Formada quando a criança cresceu em ambiente onde havia rigidez excessiva, exigências desproporcionais, favoritismo entre irmãos, ou expectativas impossíveis de alcançar.

Como escolhe relacionamentos:

A ferida da injustiça te faz escolher relações desequilibradas onde há desigualdade de esforço, investimento emocional ou comprometimento.

Você escolhe:

  • Parceiros que “recebem” mas não “dão”
  • Relações onde você é sempre a responsável, a organizadora, a adulta
  • Pessoas que não correspondem ao seu nível de investimento
  • Dinâmicas onde você se sacrifica constantemente

O padrão em ação:

Paula sempre namora homens “com potencial” – que estão “se encontrando”, passando por fases difíceis, construindo carreira. Ela se torna o porto seguro, a que sustenta emocionalmente (e às vezes financeiramente) a relação.

Ela trabalha duro para ser a “parceira perfeita”, acreditando que se fizer tudo certo, se for justa, se não falhar, ele vai reconhecer seu valor e retribuir.

Mas a retribuição nunca vem. E quando alguém que oferece reciprocidade aparece? Ela se sente desconfortável. “É estranho não ter que me provar. Não parece certo.”

Comportamento típico:

  • Perfeccionismo na relação, medo de “errar”
  • Dificuldade em pedir ou receber
  • Rigidez, dificuldade de flexibilizar
  • Ressentimento acumulado não expresso

💔 Identifique Seu Padrão: Qual Ferida Está Escolhendo Por Você?

Ferida da Rejeição:

→ Você escolhe pessoas emocionalmente indisponíveis

→ Foge quando a relação fica séria demais

Ferida do Abandono:

→ Você se apega a quem vai e volta

→ Aceita migalhas com medo de ficar sozinha

Ferida da Humilhação:

→ Você escolhe parceiros críticos que te diminuem

→ Se esforça para ser “perfeita” e obter aprovação

Ferida da Traição:

→ Você escolhe pessoas com comportamento dúbio

→ Controla, vigia, testa o tempo todo

Ferida da Injustiça:

→ Você escolhe relações desiguais e unilaterais

→ Dá muito, recebe pouco, ressente em silêncio

Reconheceu seu padrão? Esse é o primeiro passo para transformá-lo. 💚

O Ciclo Vicioso: Como Feridas Se Auto-Perpetuam

O mais cruel desse mecanismo é que ele se auto-alimenta:

1. Sua ferida escolhe uma pessoa/situação familiar
Você conhece alguém que ativa sua ferida. Isso parece “química”, “atração magnética”, “finalmente alguém especial”.

2. A lua de mel confirma esperanças
No início, pode até parecer diferente. Você pensa “dessa vez vai dar certo”.

3. A ferida se reativa
Com o tempo, a dinâmica familiar emerge. Você está sendo rejeitada, abandonada, humilhada, traída ou tratada injustamente – de novo.

4. Você reage do lugar da ferida
Seus comportamentos de proteção entram em ação (os que listei em cada ferida). Esses comportamentos frequentemente PIORAM a situação.

5. A profecia se cumpre
O relacionamento termina mal, confirmando sua crença original. “Viu? Eu sempre soube que isso ia acontecer.”

6. Repetição
Você jura que da próxima vez será diferente. Mas sua ferida, não curada, continua escolhendo por você.

Como Identificar Qual Ferida Está Dirigindo Suas Escolhas

Faça esse exercício de auto-observação honesta:

Exercício 1: Padrão dos Últimos 3 Relacionamentos

Liste seus últimos 3 relacionamentos significativos (românticos ou não). Para cada um, responda:

  1. Como o relacionamento terminou?
  2. Qual foi a dinâmica dolorosa principal?
  3. O que você fazia tentando “salvar” a situação?
  4. Que sentimento predominava? (medo de rejeição, pânico de abandono, sensação de nunca ser boa o suficiente, desconfiança, injustiça)

Procure o padrão. A mesma dinâmica se repetindo com pessoas diferentes? Essa é sua ferida operando.

Exercício 2: Pessoas “Entediantes”

Pense em alguém que demonstrou interesse genuíno em você, mas você sentiu “falta de química” ou “achei chato/a”.

Agora pergunte-se honestamente:

  • Essa pessoa era realmente incompatível, ou era segura demais?
  • Ela não ativava nenhuma ferida sua?
  • Você se sentiu desconfortável com a estabilidade que ela oferecia?

Se a resposta é sim, sua ferida estava bloqueando alguém saudável.

Exercício 3: Atração Inexplicável

Pense na última vez que você sentiu atração FORTE, “química instantânea”, por alguém.

Pergunte-se:

  • Essa pessoa tinha alguma característica similar a um dos seus cuidadores?
  • Ela demonstrou, desde o início, algum comportamento que deveria ser red flag?
  • Você ignorou sinais claros porque a atração era intensa?

Atração inexplicável e intensa frequentemente é ferida sendo ativada.

Quebrando o Ciclo: Práticas de Cura e Mudança

A boa notícia: você pode mudar esse padrão. Mas requer consciência, trabalho interno e escolhas deliberadas diferentes.

Passo 1: Reconhecimento Sem Julgamento

O primeiro passo não é “nunca mais fazer isso”. É simplesmente reconhecer que você tem esse padrão, sem se culpar.

Você não escolhe esses relacionamentos por “gostar de sofrer” ou ser “burra”. Você os escolhe porque seu cérebro está tentando curar uma ferida antiga da única forma que sabe: recriando a situação e esperando um final diferente.

Tenha compaixão por si mesma. Esse padrão se formou quando você era vulnerável e não tinha escolha. Agora você tem.

Passo 2: Ir Devagar Quando Sentir “Química Intensa”

Da próxima vez que você sentir aquela atração avassaladora, aquela “química inexplicável”… vá devagar.

Pergunte-se: “O que exatamente estou sentindo? É atração ou é minha ferida sendo ativada?”

Dê tempo. Conheça a pessoa além da intensidade inicial. Observe comportamentos, não apenas sentimentos.

Passo 3: Experimentar o “Desconfortável Seguro”

Quando alguém estável, transparente, disponível aparecer e você sentir “falta de química”… não descarte imediatamente.

Dê algumas chances. Permita-se experimentar o desconforto de um relacionamento onde não há drama, onde não há a tensão familiar.

Vai parecer estranho. Vai parecer “sem graça”. Isso é normal. Seu cérebro estranha porque não corresponde ao mapa antigo.

Com tempo, você pode descobrir que “sem graça” na verdade é paz. E paz, embora não familiar, é muito melhor que drama.

Passo 4: Trabalho Terapêutico

Padrões relacionais profundos dificilmente se resolvem sozinhos. Considere:

Terapia individual: Especialmente abordagens como Terapia Cognitivo-Comportamental, EMDR, ou Terapia Focada em Emoções, que trabalham diretamente com padrões relacionais.

Trabalho corporal: Feridas emocionais ficam armazenadas no corpo. Práticas como Yoga, Biodança, ou terapias somáticas ajudam a liberar memórias corporais.

Grupos de apoio: Compartilhar experiências com outras pessoas que têm padrões similares reduz vergonha e isolamento.

Passo 5: Práticas Integrativas de Autocura

Embora não substituam terapia quando necessário, práticas integrativas podem apoiar o processo:

Aromaterapia: Óleos essenciais como lavanda (para acalmar sistema nervoso hiperativo), rosa (para abrir o coração ferido), ou vetiver (para enraizar quando você se sente perdida) podem apoiar a regulação emocional.

Meditação de Compaixão: Práticas como Loving-Kindness Meditation (Metta) ajudam a desenvolver compaixão por si mesma e pelos outros, suavizando padrões de auto-crítica e desconfiança.

Escrita terapêutica: Escrever sobre seus padrões relacionais, suas feridas, e o que você deseja diferente ajuda o cérebro a reorganizar narrativas.

Reiki e terapias energéticas: Muitas pessoas relatam que trabalhos energéticos ajudam a liberar padrões presos que a mente consciente não consegue acessar.

Quando Você Está Curando: Os Sinais

Como saber se você está realmente mudando o padrão?

Você sente atração por pessoas diferentes: Não necessariamente “seu tipo”. Pessoas estáveis começam a parecer interessantes.

Você identifica red flags cedo: E mais importante, você age sobre eles. Você não ignora ou racionaliza.

Você tolera menos: Comportamentos que você antes aceitava como “normais” agora te incomodam. Você percebe que não precisa aceitar migalhas.

Você fica sozinha sem desespero: Você prefere estar sozinha a estar em relacionamento ruim. Solidão não te apavora mais.

Você sente desconforto com o saudável – mas fica: Quando algo saudável aparece e você sente aquele “estranho”, você reconhece o que é e escolhe ficar mesmo assim.

Você perdoa suas recaídas: Mudança não é linear. Você pode recair em padrões antigos. A diferença é que agora você percebe mais rápido e se corrige com compaixão.

Considerações Finais

Seus relacionamentos não são coincidências aleatórias. São escolhas – muitas delas inconscientes – dirigidas por feridas emocionais que você carrega desde a infância.

Reconhecer isso não é deprimente. É libertador.

Porque se suas feridas escolhem seus relacionamentos, isso significa que curar suas feridas muda suas escolhas.

Você não está destinada a repetir os mesmos padrões para sempre. Você não está condenada a escolher pessoas que te machucam. Você não é “burra” ou “azarada” no amor.

Você é alguém que foi ferida quando era pequena e vulnerável, e cujo cérebro está tentando, da única forma que sabe, protegê-la e curar aquela ferida original.

Mas agora você não é mais aquela criança. Você é uma mulher adulta com recursos, consciência e capacidade de escolha.

Quando você para de deixar suas feridas escolherem por você e começa a escolher conscientemente – tudo muda.

Relacionamentos saudáveis, embora possam parecer “sem graça” no início, revelam-se como a experiência mais profunda e transformadora que existe: ser amada não apesar das suas feridas, mas enquanto você as cura. Ser escolhida não porque você alimenta a ferida do outro, mas porque você oferece algo que ele também está aprendendo: amor real.

E amor real, ao contrário do drama familiar, não machuca. Constrói. Cura. Transforma.

Esse amor existe. E você merece.


Aviso Importante

Este artigo tem caráter educacional e informativo sobre padrões relacionais e feridas emocionais. As informações apresentadas não substituem acompanhamento psicológico ou terapêutico profissional. Se você está em relacionamento abusivo, violento ou que coloca sua segurança em risco, busque apoio imediatamente através de serviços especializados. Padrões relacionais profundos frequentemente requerem trabalho terapêutico para serem transformados de forma segura e efetiva. Consulte um profissional qualificado em saúde mental.


REFERÊNCIAS

Schore, A. N. (2012). A Ciência da Arte da Psicoterapia. W.W. Norton & Company.

Bowlby, J. (1988). Uma Base Segura: Apego Entre Pais e Filhos e Desenvolvimento Humano Saudável. Basic Books.

Johnson, S. M. (2008). Abrace-me Forte: Sete Conversas Para uma Vida Inteira de Amor. Little, Brown and Company.

Levine, A., & Heller, R. (2010). Apegados: A Nova Ciência do Apego Adulto e Como Ela Pode Te Ajudar a Encontrar — e Manter — o Amor. TarcherPerigee.

Van der Kolk, B. (2014). O Corpo Guarda as Marcas: Cérebro, Mente e Corpo na Cura do Trauma. Viking.

Tatkin, S. (2012). Programados Para o Amor: Como Compreender o Cérebro e o Estilo de Apego do Seu Parceiro Pode Te Ajudar a Desarmar Conflitos e Construir um Relacionamento Seguro. New Harbinger Publications.

Hendrix, H., & Hunt, H. L. (2008). Conseguindo o Amor Que Você Quer: Um Guia Para Casais. Henry Holt and Co.

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