
Sagrado feminino: o que é e por que tantas mulheres estão se reconectando com ele
Muito além de um movimento, o sagrado feminino é um retorno à essência esquecida
Por muito tempo, fomos ensinadas a calar, a endurecer, a correr atrás de tudo e de todos — menos de nós mesmas. Mas algo tem mudado nos últimos anos. Cada vez mais mulheres têm sentido um chamado interno para retornar a si. É o chamado do sagrado feminino.
O que é o sagrado feminino?
O sagrado feminino não é uma religião, nem uma moda. É uma filosofia de vida, um movimento de reconexão com a essência cíclica, intuitiva, criativa e sensível da mulher.
É lembrar que o corpo feminino não é uma máquina — é um templo. Que a menstruação não é vergonha — é sabedoria. Que o silêncio, o autocuidado e a introspecção são tão poderosos quanto a produtividade.
É uma jornada de cura e de reencontro com o poder de ser mulher inteira.
Conexão com os ciclos
O corpo feminino é naturalmente cíclico, assim como a Lua, as marés e a Terra. Dentro de nós habitam quatro fases:
-
Donzela (pré-ovulação): energia, ação, entusiasmo.
-
Mãe (ovulação): nutrição, acolhimento, fertilidade.
-
Feiticeira (pré-menstrual): intuição, criação, profundidade.
-
Anciã (menstruação): sabedoria, pausa, desapego.
Resgatar o sagrado feminino é honrar essas fases e parar de lutar contra o próprio ritmo.
Por que esse movimento cresce?
Muitas mulheres têm se sentido exaustas, desconectadas do corpo, emocionalmente sobrecarregadas. O sagrado feminino surge como um caminho de volta para casa — para o corpo, para a alma, para a essência.
Não se trata de romantizar a dor, mas de reconhecer a força que existe na vulnerabilidade, na escuta e no cuidar de si.
Como vivenciar o sagrado feminino?
-
Observar os próprios ciclos e emoções
-
Criar rituais de autocuidado (banhos, chás, escalda-pés, aromas)
-
Meditar, escrever, silenciar
-
Participar de círculos de mulheres
-
Usar óleos essenciais para equilibrar emoções
-
Reencontrar o prazer, o toque, a presença
Ser mulher não é fácil. Mas também é sagrado.
Cuidar do corpo, da alma e da história que nos habita é um ato de coragem — e de amor.
A Verdeja nasce dessa força ancestral: um espaço onde a mulher pode lembrar de si, se curar com a natureza e florescer com verdade.
Fontes:
Miranda Gray – O Útero Sagrado; Clarissa Pinkola Estés – Mulheres que correm com os lobos; Vicki Noble – O Feminino Sagrado; Relatos de círculos de mulheres, práticas ancestrais, saberes populares
Sobre o Autor
0 Comentários